domingo, 19 de março de 2017

Michel Bruggman conta como foi seu longo de bike entre Rancho Queimado e Anitápolis



         E hoje o blog tem edição dupla. Este segundo post é pra compartilhar o treino do meu amigo Michel Bruggeman. Ele nasceu em Malinas, Bélgica, tem 48 anos e iniciou no triathlon em 1990 porque sempre gostou de desafios esportivos. Competiu durante cinco anos e precisou parar. Já no Brasil, em 2104 o vírus do triathlon mordeu o cara outra vez quando ele assistia o Iroman. De lá pra cá, não parou mais. E pelo jeito, não vai parar nunca. hahaha. Com vocês, meu amigo Michel.

         Há duas semanas, ‘fiz Anitápolis’ pela primeira vez, com o Gilê e o Rafael Pina. Foram 123 daqueles km que fazem a diferença, onde o atleta sente que talvez fez um passo para frente. Principalmente gostei do trecho voltando de Anitápolis, pois acho um ótimo treino para preparar o IM, com as múltiplas subidinhas variadas, intercaladas com (falso) plano ou descida curta. A ida para Anitápolis é tipo o aquecimento então, pois desce mais que sobe.

         Desafiando a previsão, que falou de chuva para toda a região, fui para lá hoje de novo, com 2 colegas da Equipe Time. Acho que com previsão de tipo 0,5 mm de chuva num período de 3 horas, temos pouco para ficar preocupado. Quem não foi, perdeu, a estrada estava toda seca o tempo tudo! Nublado, fresquinho no começo, ventinho na volta, tipo o tempo do IM! Porém, quem foi para São Boni, provavelmente tomou banho.

         Essa vez, escolhi sair do centro de Rancho Queimado, ao invés de fazer os 20 km de aquecimento direção São Boni e os 15 km de subida a partir do posto pela BR perigosíssima. Não gostei nada dessa descida no final de 123 km de bike duro. Primeiro achei alguns ancestrais no centrinho da cidade, mas são alemães, em flamengo (minha língua), o sobrenome está escrito com um n no final e sem o ‘umlaut’ no u. E para tirar uma dúvida clássica: ‘Bruggeman’ pode significar ‘homem de Bruges’ (sim, aquela cidade cartão postal na Bélgica), ou pode ser ‘homem da ponte’, talvez meus ancestrais moravam numa ponte ou trabalhavam numa eclusa, algo assim. Não, eles não fabricaram nem cerveja, nem chocolate, nem tenta ir lá. Falando disso, tenho no mínimo tanto orgulho do nosso passado, tradição e lista de vitórias no ciclismo do que de chocolate e cerveja.

Com os amigos da Time em Anitápolis
          Voltando...quis largar meio rápido, tipo IM, onde as pernas também estão frias no começo, achando uma média entre aquecer e não perder tempo admirando a paisagem (linda que seja), mas sabendo que depois de uns 7 km já chegou uma subidona, que o Pina na sabedoria dele descreveu como ‘mas essa é curta’ há 2 semanas. Curta, hein...aham, sei. Bem, depois da ‘curta subidona’, dá para abrir o acelerador até Anitápolis, já que tem mais descidinha do que subidinha. Como falei, o treino de verdade é a volta. Esperei meus colegas no centrinho e iniciamos a volta. A subida de 6 km saindo de Anitápolis foi muito bom, mas depois acho que senti um pouco as duas taças de vinho e as 4,5 horas de sono da noite passada. Apesar disso, acho que consegui subir sempre na marcha máxima possível, na força, e com reserva para acelerar no topo da subidinha, ao invés de pedalar com marcha baixa, sem resistência e com a frequência de um hamster correndo em sua roda, chegando sem fôlego no topo. O treino foi ótimo, rendeu, as pernas agradeceram e talvez dei de novo um pequeno passo para frente hoje.

O Strava não mente
         Chegando em casa, começa aquela comunicação entre a galera estatística Garmin-Treinus- Strava etc. Por curiosidade, fui olhar aquele 7° lugar esse ano no trecho Rancho Q-portão Anitápolis que o Strava anunciou, e o que eu vejo? Os descendentes dos meus ancestrais também pedalam! E pedalam bem se posso dizer! Somos três no top10! Ah, e quem é aquele na nona posição? Olha só...mas fique tranquilo, Gilê, o Pina tá em décimo, e nem cabia na tela. Agora, como o Geovanni/Gui/Charles fazem sub-1h nesse trajeto...caraca. Será que tem um teleférico do lado da ‘subidona curta’ que não vi? De qualquer jeito, acho bem provável que nas próximas semanas vamos ler mais artigos sobre ‘fazer Anitápolis’ nesse blog...;-)
Gilê, te desejamos boa recuperação!

Os números do treino

72,0 km 2h53’ média de 25 km/h.

MIchel competindo na Bélgica em 1995

Outra competição na Bélgica














































Nenhum comentário:

Postar um comentário